21 abril, 2008

Na pausa de uma melodia.
No intervalo de um jogo.
Entre estrofes de poesia.
Pouco antes do adormecer.
Momentos após uma torrente.
Segundos que seguem a uma grande alegria.
Entre as falas que publicam amor
Após lágrimas que denunciam dor
Quão singular o silêncio é.
Que não o deixem calar, por favor.

Nada mais que um pensamento

Se a razão da minha vida não puder ser a razão da minha morte, então chegou a hora de rever minhas motivações.

Nove razões porque prefiro romances a textos acadêmicos

(1) Prefiro felicidade a enfado
(2) Prefiro humildade à soberba
(3) Prefiro poucas palavras e idéias fartas a idéias escassas e palavras em demasia
(4) Prefiro tese à antítese
(5) Prefiro o eterno ao efêmero
(6) Prefiro chá a café
(7) Prefiro sentir e, se possível, explicar e não o contrário
(8) Prefiro colunas a ruínas
(9) Prefiro o transcendente ao imanente

Na iminência da Eminência

Gostaria de tornar público à multidão de dois ou três que lê este blog que, definitivamente, eu não seria feliz se do meu coração fosse arrancada a esperança de que um dia veremos descer do céu - ornado em glória admirável, dotado de poder incomparável, transbordando de amor imensurável, munido de uma justiça irreparável e de uma dignidade incomensurável - Ele, Jesus Cristo, o Filho, a Palavra, o Dom, o Único, o Homem, o Deus, o Cordeiro, o Leão, o Servo, o Senhor de tudo que houve, que há e que haverá. Amém.

Amanhã?

Eis o que nunca entendi na moderna maneira de se viver: por que tudo é pra ontem se nada faz sentido no amanhã? Talvez a maior violência da contemporaneidade seja o assalto ao lirismo da espera, à poesia do anseio, ao mistério da esperança.

Esse é do bom e velho Chesterton

Você dá graças antes das refeições,
Muito bem.
Mas eu dou graças antes de uma peça teatral e de uma ópera,
E dou graças antes de um concerto e de uma pantomima,
E dou graças antes de abrir um livro,
E dou graças antes de atuar como ator, antes de pintar,
De nadar, de esgrimir, de lutar boxe, de andar, de brincar e de dançar;
E dou graças antes de começar a escrever

G. K. Chesterton

Apologia da ontologia

Aquele que prefere as amarras da finitude, os grilhões do humanismo e os arreios do existencialismo, que seja logo ornado com uma camisa de força. Porque o abandono da metafísica é a maior loucura que a pretensa racionalidade humana ousou cometer.

E viu Deus que era bom...

O belo do homem é conceito, o de Deus é fato. Diante da feitura humana, meu juízo, da feitura divina, meu silêncio.

Deus, tuas obras me calam...

Enfim...

Após anos de teimosia, de relutância mais preguiçosa que ideológica, nascemos para o mundo da virtualidade. Os que tanto nos cobraram, por tanto serão cobrados: comentarão (elogiosamente, de preferência) cada espirro postado neste blog, que é a mais nova morada dos nossos pensamentos underground.

Junior & Juliana Portella.